Terça, 29 Julho 2025

Regressão do sono: como identificar e lidar com os saltos de desenvolvimento

Geralfases da infância

Regressão do sono: como identificar e lidar com os saltos de desenvolvimento

Apesar de assustar os adultos, esse fenômeno é natural e esperado em determinadas fases da infância.  

Dra. Cinthia Calsinski é enfermeira obstetra, consultora de lactação e educadora parental. Foto- Divulgação/AI

Despertares noturnos repentinos, choros mais frequentes e dificuldades para dormir que parecem surgir 'do nada' são queixas comuns de pais e mães de bebês entre 4 meses e 2 anos. Apesar de assustar os adultos, esse fenômeno é natural e esperado em determinadas fases da infância. Trata-se da chamada regressão do sono, geralmente associada aos saltos de desenvolvimento.

Clique aqui para participar do canal do Diário de Jacareí no WhatsApp e receber notícias em tempo real.

De acordo com a Dra. Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra, consultora internacional de lactação (IBCLC L-304362), consultora do sono materno-infantil pelo International Parenting and Health Institute e educadora parental pela Positive Discipline Association, a regressão do sono é uma resposta fisiológica do corpo do bebê às mudanças neurológicas e cognitivas que ele está vivenciando.

"Cada salto de desenvolvimento representa uma grande transformação no cérebro do bebê. Isso pode impactar diretamente o padrão de sono, já que ele está assimilando novas habilidades, sensações e estímulos", explica a especialista.

"Não é uma 'regressão' no sentido negativo, mas sim uma adaptação natural do organismo a algo novo que está sendo aprendido." Entre os sinais mais comuns estão: aumento na frequência dos despertares, dificuldade para adormecer, sonecas mais curtas e maior irritabilidade. Essas mudanças geralmente coincidem com períodos como os 4, 8, 12 e 18 meses de vida — fases intensas de aprendizagem, como rolar, engatinhar, andar ou desenvolver a linguagem.

"O bebê não está 'com manha' ou 'viciado no colo'. Ele está em processo de maturação. Entender isso ajuda a reduzir a ansiedade dos pais e favorece um ambiente mais acolhedor para atravessar essa fase", afirma Cinthia.
A recomendação da especialista é oferecer previsibilidade e segurança ao bebê, com rotinas de sono consistentes e muito contato físico. Para os cuidadores, ela reforça a importância do autocuidado e da busca por rede de apoio.

"Cuidar do sono do bebê é também cuidar da saúde mental da família. O primeiro passo é acolher a fase, com a consciência de que ela é temporária — e que o bebê não precisa ser 'consertado', apenas compreendido", finaliza. 

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Terça, 29 Julho 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://diariodejacarei.cattive.me/

No Internet Connection